segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

FEDERAL - Critica

Falarei hoje sobre este filme que até algumas semanas atrás estava em cartaz nos cinemas de Fortaleza. Um filme nacional que felizmente (ou infelizmente) consegui ver até o fim, podendo então falar sobre, com um mínimo de propriedade.


O filme em questão é FEDERAL. Filme nacional escrito/produzido/dirigido por Erik de Castro, que custou cerca de R$5.000.000,00 pago com o dinheiro de Edital da ANCINE.


A primeira coisa que lembro de ter visto no filme foi um dialogo
do "Negão" e dum policial cabeludo, que estavam indo atrás de um
informante. Dentro do carro eles conversavam, não sei o que, pois o áudio estava baixo, e nem consegui ler os lábios pq o vidro do carro estava brilhando entra câmera e os atores.
Em seguida, na primeira sequência de perseguição.
Percebe-se a falta de imaginação do diretor.
O Fato de ter um "Negão" de 2 metros e pouco correndo atrás de um capoerista, com certeza faz
seu cérebro coçar de ideias para uma BELA
perseguição numa favela. Mas para o roteirista e diretor Erik de Castro isso dá apenas uma "carreira" por um corredor curto seguido por uma "truculenta" travessia por dentro de uma cozinha (Clichê do BARALHO). Sem falar na luta mal coreografada no final.
A ingnorancia do policial ao capturar o suspeito, e
ao falar duramente com a mãe depois de joga-la no chão nos diz que os policiais são os bandidos do filme...

Os policiais então levam o suspeito para uma casa velha, para tortura-lo, eles o fazem toscamente (Vergonha alheia total dessa cena). Ai então chega o que parece ser o chefão da Policia, Vital (Calos Alberto Ricelli), com todo sua "pala" e seu mullets de macho, ele começa a falar com sua encorpada vozinha de moça (risadas "incontroláveis" nesse momento), os "badcops" e a voz fina do chefe da policia ja tira totalmente a moral dos policiais federais nos primeiros 10 ou 15min de filme. Então chega Dani (Senton Mello com um nome meio gay) na sua moto do Wolverine, fala qlqr merda e vai embora.

Então mostra-o numa rave meia boca. Ele compra pó de um cara, então vê uma mulher LINDA, semi-nua na pista de dança olhando pra ele. Sem falar absolutamente nada os dois vão ao banheiro cheirar pó e transar, numa cena cumprida até demais, sem trilha sonora (óbvia devido estarem numa rave) e constrangedora para o espectador.

Isso é a introdução do filme. Pra mim já seria o suficiente pra ir embora.

Mas ai vem uma cena que eu realmente fiquei chocado pela falta de delicadeza e bom senso.
O policial Vital chega em casa cansado e encontra sua esposa (modelo anorexica), que está grávida, na sala fazendo nada, sentada no sofá. Então eles começam aquele papo whatever de "Como foi seu dia", em silencio eles se olham por ums 30 seg. intermináveis, então começa o Caos... Os dois começam a transar. Imaginem só, um "coroa", de voz fina e uma modelo, anorexica, grávida fazendo sexo no total silencio, gigante sendo projetado na sua frente.
A agonia demora minutos, tipo 5 á 10 minutos mesmo. Sem nenhum ruido além de gemidos e esfregações. Um pesadelo.


Poucos planos depois, somos apresentados ao vilão do filme. Um cantor de marchinhas que usa gola rolê com uma correntinha dourada no pescoço e cita musicas nacionais dos anos 80 em suas falas. Fora o belo mullets somado a alta estatura e o baixo peso. Que nos lembra muito o Salcicha do Scooby Doo... Ele tá lá, fala merda pra caralho, em forma de MONOLOGOS... terriveis por sinal. (Vergonha alelheia EXTREME nestes momentos).

O que me lembra o que deveria ser, creio eu, o ponto alto do filme. A cena da "invasão" dos PMs na casa do vilão. O que já começa FAIL FODA, pq os policiais estão paradas e os capamgas (olha isso) do vilão é que vem de encontro aos policiais, quebrando o portão da própria mansão.
Os policiais nem chegam a entrar na casa e já é citado mais á frente que um rapaz (Confesso não saber quem) foi preso nessa "emboscada".

Mesmo os atores tendo feito treinamento com a PM, não convenceram usando armas. E as mortes, principalmente a do cara caindo de cima da torre (o que é era que ele tava fazendo lá MELDELS?!) foram muito fracas, não deu pra acreditar que era realmente uma invasão policial. Não fiquei nervoso antes, nem agitado durante e muito menos eletrico depois.

E que policia TÁTICA é essa que atira num carro á 2 metros de distância, até descarregar os cartuchos? Isso tem no trailer mesmo... Ridículo.


Bem, além disso tudo podemos citar uma cena logo no inicio do filme, onde os policiais estão num sitio onde houve o massacre, e percebe-se claramente dois pontos de luz fortíssimos, além dos cadaveres que mais pareciam ter morrido de um furo cuidadosamente feito pra escorrer um fio de sangue, logo depois de serem afogados.

Outro ponto fraco do filme é a trilha sonora, que eu entendo que seja cara, mas acho que talvez desse pra fazer alguma coisa além daquelas 3 musiquinhas. Até o fim do filme eu já conseguia até toca-las no tecladinho do meu celular...
O que me lembra os efeitos sonoros horrorosos. Eu não acredito que alguém morra a socos na cara e não solte nem um mínimo ruído de dor. Vcs conseguem acreditar nisso? Esta cena estava boa (até me impressionei, confesso).
O plano tava show, a cara do Selton Mello tava irada, ai ele começou a socar o rosto do cara e o som era de socos numa almofada... Eu sinceramente demorei pra entender que o cara tinha morrido só com aquelas pancadinhas.

Mas pra mim o ponto mais baixo desse filme foi a cena em que Michael Madson, desse as escadas conversando com Vital. O operador de câmera tremia a cada degrau e a câmera então, tava louca se tremendo toda. Um primor. A minha vergonha nesse momento foi tamanha, que eu cubri o rosto.

A única cena totalmente boa do filme, que só foi um tanto explicita demais, foi a que Selton Mello tira uma cápsula de pó da vagina da Colombiana, Carolina Gómez. Alias todas as cenas do Selton Mello e da Carolina são boas, não totalmente pelo apelo sexual, mas por que os dois estavam actuando. Era o único momento do filme que eu acreditava que aquilo era real.

Se tivesse gabarito pra dar nota a este filme daria 0,0 pois 5 milhões podem ser muito mais bem usados na produção de um longa. Robert Rodrigues não me deixa mentir.

P.S.: Custava MUITO fazer um tratamento de cor? Pelo menos em algumas cenas... Eu faria se quisessem.

Trailer

1 comentários:

lola disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
 
© Feito por Deilson_magal;